Criar um blog de variedades é caçar temas interessantes constantemente. E o assunto digno de post de hoje é o filme "Imortais" que estreou no cinema na última sexta. Sou completamente avessa a ir no cinema na semana de lançamento: é muita correria! Mas eu estava realmente doida para ver esse filme, pois adoro os temas que envolvem os deuses gregos.
Atenção: Podem haver spoilers daqui em diante!
Como não poderia ser diferente, todo filme de deuses mostra sempre Zeus como justo e bom e indefectível. Mas ele é um coadjuvante dessa vez! Pois é, para minha surpresa (e bem diferente dos comentários que eu tinha lido) a história é 100% Teseu. E nada com nada da história que eu conheço de Teseu. A primeira grande diferença é que Teseu é dito como bastardo, gerado após um estupro. O Teseu que eu conheço é filho de Egeu, rei de Atenas. E a mãe Etra não havia sido estuprada. Ela era "casada" com Egeu (vamos dizer que conceitos como casamento são complicados para a Grécia antiga).
As diferenças só aumentam: em quase toda a literatura sobre mitologia grega, Teseu é honrado como rei, tem as armas de Egeu (sandálias e espada), destrói o Minotauro com ajuda de Ariadne, que segura a ponta de uma linha, cujo novelo Teseu leva para não se perder no labirinto. Ele só se casa com Fedra após a morte de Ariadne, lembrando que elas são irmãs e ambas filhas do rei Minos. E Teseu praticamente morre de velhice, pois ele se permite derrotar por Licomedes, logo após seu retorno do Hades. Seu filhos foram Hipólito, Acamas e Demofonte (que eu lembro).
No filme, no entanto, a principal arma é um arco mágico, ele mata o que seria o Minotauro sozinho, situação em que já conhece a Fedra, que passou a ser um Oráculo, e Teseu morre na destruição do Monte Tártaro, sem conhecer seu filho (é, reduziram somente a Acamas). Isso sem falar que Etra morreu lááá no começo da história.
Mas, apesar das divergências, eu gostei. Se os furos mitológicos incomodam, tudo é recompensado por ser um filme bem interessante em termos técnicos. A legenda não teve furos gritantes, a produção não deixou falhas (e olha que eu me atentei bastante ao pé que sangrava na saída do labirinto!)... Erros de continuidade não apareceram nessa primeira vista. Certamente gostei bastante e assistiria novamente, só que em 3D (é que eu quis ver primeiro legendado e legendas não combinam com 3D!).
E caso você não curta nada de mitologia grega e ache o filme meio sanguinolento demais, vale a pena só para assistir ao Zeus (Luke Evans) e à Atena (Isabel Lucas), lindos, colírios para ambos os sexos. Caso goste do Luke, ele já foi Apolo no Fúria de Titãs e será Bard no Hobbit (em fase de pós-produção). Já se surgir um déjà vu com a Isabel, sim, ela estava em Transformers: A Vingança dos Derrotados, como Alice.
Agora se você curtiu, concorda comigo que ficou a deixa para uma continuação? Será que vem mais algum por aí? É esperar para ver!

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